CONFRARIA DOS RIO-GRANDINOS

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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

DESTAQUE ARTÍSTICO

Ary Piassarollo nasceu na Vila da Quinta, distrito da cidade o Rio Grande/RS, músico (violonista e guitarrista), compositor e arranjador.   Filho de gente humilde e trabalhadora fez seus primeiros acordes ainda guri em um violão velho que havia encontrado no galinheiro de sua casa despertando assim sua vocação.  Em apenas um ano já estava tocando profissionalmente em grupos musicais da noite de sua terra natal com o conjunto Arpege composto por Huguinho, Cidinho (tecladista Rio-grandino atualmente radicado em Nova York), Canabá, Romeu e Wilson.  Em 1963, depois de servir o exército, mudou-se para Porto Alegre e lá tocou no conjunto Flamboyaiam composto por músicos que estavam em evidência na capital gaúcha,  onde se apresentavam na extinta TV Piratini.    No fim da década de 60 foi para São Paulo tocar na famosa boate Night & Day,  permanecendo por 7 anos na capital paulista fazendo diversos trabalhos musicais como no Programa de Moacir Franco na TV Record. Em 1973 mudou-se para o Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa era o centro da cultura brasileira que resistia a censura imposta pelo então governo Médici.   Permaneceu no Rio por 12 anos e foi o período que Ary viveu o auge de sua carreira, trabalhando com diversos artistas como: Tito Madi, a incomparável Elis Regina, o mestre Vinícius de Moraes, o saxofonista Vitor Assis Brasil, Wilson Simonal, Emílio Santiago, o excelente arranjador Rique Pantoja, Leny Andrade, Nana Caymi, o talentoso Djavan, a lenda Tim Maia e o romântico Ivan Lins. Ary participou também do primeiro LP-solo de Pascoal Meirelles e atuou também na orquestra do Conservatório Dramático e Musical ‘Dr. Carlos de Campos’, em Tatuí.   A maioria dos bons músicos da época requisitava as sofisticadas e ricas harmonias de sua guitarra. Uma de suas principais experiências musicais foi com o poeta Gonzaguinha com o qual Ary tocou por sete anos, fazendo alguns trabalhos também com o mestre Luis Gonzaga.  Além de todo esse invejável currículo Piassarollo fez parte do projeto Pixinguinha e participou de várias trilhas musicais de filmes como o clássico "Dona Flor e seus Dois Maridos". Em 1985 mudou-se para Miami em busca de novos caminhos.   Nos Estados Unidos aprimorou seu talento através de estudos musicais melhorando mais ainda sua qualidade melódica.   Lá, apresentou-se em diversas casas de jazz tocando com figuras consagradas como o saxofonista Ira Sullivan e Othelo Molineaux.  Quase 15 anos depois Ary volta ao Brasil e se instala na cidade do Rio de Janeiro.  Após seu retorno teve participação especial no DVD do Pe. Fabio de Melo, tocou nas melhores casas de jazz de Botafogo, Ipanema e Leblon e juntamente com o pianista americano Cliff Korman ministrou curso  de música no Cigam – Centro Musical na Cinelândia, no Rio de Janeiro.  Hoje vive em São José dos Campos – SP onde mora e leciona em uma das maiores faculdades de música do país em uma cidade vizinha, participa de projetos musicais financiados pelo SESC, além de tocar nas melhores casas de Jazz espalhadas pelo Brasil.  Seu último trabalho e primeiro solo chamasse "Memories", um CD gravado em 1996 no Estados Unidos. Puramente instrumental e é composto de 11 faixas e todas as músicas são de sua autoria, com exceção de “Chorinho de Macau”, uma adaptação de Pó de Mico -de João Pernambuco. Este trabalho conta com a participação do seu filho Maurício (piano e teclado), do baterista Portinho, além de Edílson Ávila (violão rítmico), Jorge Albuquerque (baixo), Federico Britos Ruiz (violino), Edson Café (percussão) e Archie Peña (bateria e percussão). Afirmou o jazzista saxofonista, compositor, escritor e professor Gary Campbell no encarte do CD Memories de Ary:  “É raro ouvirmos um músico cuja interpretação reflita uma imagem tão rica de elementos musicais, todos soando tão verdadeiros e naturais. A vasta performance e as inúmeras gravações de Ary com legendários cantores e compositores brasileiros marcaram sua interpretação com uma incrível fluência melódica, harmônica e rítmica, atributos que fazem a música brasileira tão sensualmente atraente em todo o mundo. Seu insight e seu coração percorrem profundamente as diversas formas brasileiras, da tradicional à contemporânea. Mas a estória não termina aí. A arte dos melhores jazzistas americanos, como Wes Montgomery e George Benson, também contribuíram bastante para a evolução do som de Ary. Esta influência do jazz empresta à improvisação melódica de Ary uma sofisticação harmônica a que, unida à nítida elegância e beleza do estilo brasileiro, resulta em arte musical da melhor qualidade. Ary Piassarollo – o melhor do Brasil, um verdadeiro presente para Miami”.
Fontes: http://colunalayoutcultural.zip.net/; http://www.myspace.com/piassarollo e http://jazzstation-oblogdearnaldodesouteiros.blogspot.com/.

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