CONFRARIA DOS RIO-GRANDINOS

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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

DESTAQUE ARTÍSTICO

Antonio Porto Filho (Maestro Portinho) nasceu na cidade do Rio Grande/RS no dia 27 de setembro de 1925 foi músico (clarinetista e saxofonista), maestro, arranjador e compositor.   Mudou-se ainda jovem para Porto Alegre.  Na capital gaúcha conheceu o grande violonista paulista Antonio Rago e a convite deste se radicou em São Paulo. Portinho tocou em vários regionais, orquestras e chegou inclusive a reger, como convidado, a Orquestra Jazz Sinfônica de São Paulo. Participou nos anos 40 do regional de Claudionor Cruz, nos 50 do regional do Rago e foi uma figura da história do rádio do Rio de Janeiro e de São Paulo.   Portinho assina arranjos  de alguns  discos  de renomados artistas, tais como, de Ângela Maria, Paulo Vanzolini, Nelson Gonçalves,  Waldick Soriano e Cláudia Barroso (descoberta por Portinho).      O Maestro foi também o arranjador 1º LP do Cantor Noite Ilustrada pelos Discos Rozemblit (Mocambo), que alcançou vendagem surpreendente, pondo nas paradas de sucesso o samba "Cara de Boboca".   Noite Ilustrada quando terminou seu contrato com a gravadora, transferiu-se para a Phillips e levou consigo o Maestro Portinho, o arranjador rico de idéias, que passou a trabalhar com o produtor Alfredo Borba.   Mas onde o Maestro mais transitou foi na Jovem-Guarda, tendo inclusive gravado um álbum chamado "Portinho - O Maestro Iê-Iê-Iê".  Fez arranjos para as gravações na época para as músicas de Ed Carlos, Demétrius, Martinha, Mario Faisal e Wilson Miranda.    Sua discografia é imensa, entre elas um álbum só com composições de Noel Rosa no vinil  “Noel Rosa & Portinho dá Samba” e outro que gravou em 1973 com  muitas músicas de Ary Barroso “Samba, O Melhor do Brasil”.   Em 1964 “Walter Wanderley e Portinho – Orgão, Sax e Sexy” e Da série Magia – Volume IV  “O saxofone do Maestro Portinho”.  Em 1977 gravou o CD "Choro Chorado" do Portinho onde ele interpreta só Choros, inclusive “Chorando no Choro” de sua própria autoria.  O jornalista Luis Nassif afirma que o "Maestro Portinho é um dos pais do choro moderno".  Portinho gravou outros tantos discos: Em 1965, Portinho e Sua Orquestra “Fogo Nos Metais”;  Em 1988, Meu Beija Flor – Músicas de Thereza de Toledo e Maestro Portinho e sua Orquestra.    Portinho foi tão respeitado no meio artístico que o cantor Teixeira  o homenagiou na gravação da música “”O Centro Oeste Brasileiro”.    O violonista de 7 cordas Ed Gagliardi disse que o Mestre Portinho foi como as músicas que compôs: calmo, tranqüilo e alegre.  Seus últimos anos de atividade foram no exercício no ensino de música na Universidade Livre de Música - ULM, em São Paulo.   O Maestro faleceu no Estado de São Paulo deixando um legado para a cultura musical brasileira.

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