Manoel Marques de Souza, nasceu no dia 13 de junho de 1804 na cidade do Rio Grande. Oriundo de uma tradicional família de
fidalgos Generais, desde sua infância Manoel Marques de Souza III demonstrava
pendor para a carreira das armas. Aos 12 anos de idade, já acompanhava seu pai,
Brigadeiro Manoel Marques de Souza, na campanha do Uruguai, tomando parte nos
combates do Pando e Manga. Em 20 de janeiro de 1818, com apenas 13 anos de idade, ingressou como praça no 1º Regimento de Cavalaria da extinta Divisão de Volutários Reais. Devido ao seu desempenho
no entrechoque das armas foi promovido a
Alferes e alcançou os postos de Tenente e Capitão, devido aos seus atos de
bravura nos combates de Las Piedras e Ituzaingô respectivamente, ambos na
campanha de anexação da banda oriental do Uruguai. Tomou parte nas campanhas do Uruguai e Paraguai desde 1825 até 1828. Aos 24
anos, foi promovido a Major e no comando do 4º Regimento de Cavalaria Ligeira,
atuou na Guerra contra Rósas, onde na Batalha de Monte Caseros, em solo
Argentino, alcançou vitória e participou de emocionante desfile com tropas brasileiras
pelas ruas de Buenos Aires. ,Ainda Major teve heróica participação na Reolução
Farroupilha, ocasião na qual mesmo prisioneiro dos Farrapos, coordenou uma
épica contra revolução que culminou com o término do sítio à cidade de Porto
Alegre, mais uma vez destacando-se pela bravura própria e de seus denodados
companheiros. Devido aos seus feitos, no início da Guerra do Paraguai, foi
convocado da reserva das Forças Armadas, por decreto imperial de 20 de julho de
1865 e pessoalmente nomeado pelo Imperador Dom Pedro II como comandante das
tropas brasileiras no extremo sul do país. Sua fibra e tenacidade rejuvenescidas por
tão nobre missão foram novamente exigidas na célebre retomada de Uruguaiana,
onde participou efetivamente da formidável manobra do cerco terrestre a então
"Vila de Uruguaiana". Manoel Marques de Souza, então Barão de Porto
Alegre, comandou o cerco a Uruguaiana, liderando um Exército com
aproximadamente 19.000 homens e, após encurralar o inimigo, dirigiu-se a sua
tropa e a viva voz proferiu uma memorável exortação, que incutia em seus
soldados o efetivo domínio brasileiro e a superioridade de nossas forças,
enviando logo em seguida um ultimato aos invasores que prontamente se renderam.
O Conde de Porto Alegre, um dos
protagonistas de singular momento histórico, passou a figurar nesta data na
história de Uruguaiana, limite do território, brasileiro, retomando-a e
devolvendo ao povo uruguaianense seus lares e sua idolatrada cidade. Por estas,
e por diversas outras passagens de sua vida, ficou conhecido como
"Centauro de Luvas", alcunha que lhe foi concedida por alguns
historiadores. É o patrono da tradicional unidade do exército em Uruguaiana, o
8º Regimento de Cavalaria Mecanizado Conde de Porto Alegre. Foi também
homenageado pela Universidade Federal de Santa Maria que teve a Biblioteca Central batizada com o seu nome.
Foi homenageado em Porto Alegre com um monumento, e
emprestou seu nome para uma praça e uma rua da cidade. Dos títulos que recebeu, consta a grã-cruz
da Imperial Ordem de Cristo, dignitário da Imperial Ordem do Cruzeiro,
cavaleiro da Imperial Ordem de São Bento de Avis e todas as medalhas das
campanhas do Uruguai, Argentina e Paraguai. Foi eleito deputado à Assembléia
Provincial por diversas vezes; foi Ministro e Secretário dos Negócios de Guerra
da Província; foi promovido ao posto de Marechal de Campo e agraciado com o título de Barão de Porto Alegre em 1852; visconde em 1866 e
conde em 1868. O Conde de Porto Alegre faleceu no dia 18 de
julho de 1875 no Rio de Janeiro/RJ.
Fontes: História Militar (Carlos Roberto C. Daróz) e Aspectos Gerais do Município de Rio Grande (Fortunato Pimentel).
Um comentário:
Eu tenho um amigo que vive em Porto Alegre. Ele é do Uruguai, mas mudou-se para Porto Alegre e tem um local de rações. Ele está muito feliz.
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