CONFRARIA DOS RIO-GRANDINOS

A Confraria dos Rio-grandinos, criada em 25/06/09, é um blog de divulgação e reflexão sobre a história, a cultura e o patrimônio da cidade do Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. Este é também um veículo de divulgação dos Papareias (naturais da cidade do Rio Grande/RS) que se destacaram ou que se destacam no cenário nacional e internacional. As imagens e os textos apresentados na sua maioria são do autor do blog e destinam-se a ilustrar idéias e valores estéticos e artísticos. Para efeitos de direitos de autoria nas postagens são sempre mencionadas as fontes. Se alguém conhecer algum impedimento à divulgação de alguma imagem ou texto agradeço que contate comigo, por e-mail, a fim de que possa proceder à sua supressão. Todas as postagens constantes neste Blog são de domínio público e podem ser copiadas sob a autorização do seu Criador. Seja mais um Confrade tornando-se Seguidor desta Confraria.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Conde de Porto Alegre


Manoel Marques de Souza, nasceu no dia 13 de junho de 1804 na cidade  do Rio Grande.    Oriundo de uma tradicional família de fidalgos Generais, desde sua infância Manoel Marques de Souza III demonstrava pendor para a carreira das armas. Aos 12 anos de idade, já acompanhava seu pai, Brigadeiro Manoel Marques de Souza, na campanha do Uruguai, tomando parte nos combates do Pando e Manga. Em 20 de janeiro de 1818, com apenas 13 anos de idade, ingressou como praça no 1º Regimento de Cavalaria da extinta Divisão de Volutários Reais.    Devido ao seu desempenho no entrechoque das armas  foi promovido a Alferes e alcançou os postos de Tenente e Capitão, devido aos seus atos de bravura nos combates de Las Piedras e Ituzaingô respectivamente, ambos na campanha de anexação da banda oriental do Uruguai. Tomou parte nas campanhas do Uruguai e Paraguai desde 1825 até 1828.   Aos 24 anos, foi promovido a Major e no comando do 4º Regimento de Cavalaria Ligeira, atuou na Guerra contra Rósas, onde na Batalha de Monte Caseros, em solo Argentino, alcançou vitória e participou de emocionante desfile com tropas brasileiras pelas ruas de Buenos Aires.  ,Ainda Major teve heróica participação na Reolução Farroupilha, ocasião na qual mesmo prisioneiro dos Farrapos, coordenou uma épica contra revolução que culminou com o término do sítio à cidade de Porto Alegre, mais uma vez destacando-se pela bravura própria e de seus denodados companheiros. Devido aos seus feitos, no início da Guerra do Paraguai, foi convocado da reserva das Forças Armadas, por decreto imperial de 20 de julho de 1865 e pessoalmente nomeado pelo Imperador Dom Pedro II como comandante das tropas brasileiras no extremo sul do país.    Sua fibra e tenacidade rejuvenescidas por tão nobre missão foram novamente exigidas na célebre retomada de Uruguaiana, onde participou efetivamente da formidável manobra do cerco terrestre a então "Vila de Uruguaiana". Manoel Marques de Souza, então Barão de Porto Alegre, comandou o cerco a Uruguaiana, liderando um Exército com aproximadamente 19.000 homens e, após encurralar o inimigo, dirigiu-se a sua tropa e a viva voz proferiu uma memorável exortação, que incutia em seus soldados o efetivo domínio brasileiro e a superioridade de nossas forças, enviando logo em seguida um ultimato aos invasores que prontamente se renderam.   O Conde de Porto Alegre, um dos protagonistas de singular momento histórico, passou a figurar nesta data na história de Uruguaiana, limite do território, brasileiro, retomando-a e devolvendo ao povo uruguaianense seus lares e sua idolatrada cidade. Por estas, e por diversas outras passagens de sua vida, ficou conhecido como "Centauro de Luvas", alcunha que lhe foi concedida por alguns historiadores. É o patrono da tradicional unidade do exército em Uruguaiana, o 8º Regimento de Cavalaria Mecanizado Conde de Porto Alegre. Foi também homenageado pela Universidade Federal de Santa Maria que teve a Biblioteca Central batizada com o seu nome. Foi homenageado em Porto Alegre com  um monumento, e emprestou seu nome para uma praça e uma rua da cidade.   Dos títulos que recebeu, consta a grã-cruz da Imperial Ordem de Cristo, dignitário da Imperial Ordem do Cruzeiro, cavaleiro da Imperial Ordem de São Bento de Avis e todas as medalhas das campanhas do Uruguai, Argentina e Paraguai. Foi eleito deputado à Assembléia Provincial por diversas vezes; foi Ministro e Secretário dos Negócios de Guerra da Província; foi promovido ao posto de Marechal de Campo e agraciado com o título de Barão de Porto Alegre em  1852; visconde em 1866 e conde em 1868.    O Conde de Porto Alegre faleceu no dia 18 de julho de 1875 no Rio de Janeiro/RJ.
Fontes: História Militar (Carlos Roberto C. Daróz) e Aspectos Gerais do Município de Rio Grande (Fortunato Pimentel).

Um comentário:

Jorge Ramiro disse...

Eu tenho um amigo que vive em Porto Alegre. Ele é do Uruguai, mas mudou-se para Porto Alegre e tem um local de rações. Ele está muito feliz.