CONFRARIA DOS RIO-GRANDINOS

A Confraria dos Rio-grandinos, criada em 25/06/09, é um blog de divulgação e reflexão sobre a história, a cultura e o patrimônio da cidade do Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. Este é também um veículo de divulgação dos Papareias (naturais da cidade do Rio Grande/RS) que se destacaram ou que se destacam no cenário nacional e internacional. As imagens e os textos apresentados na sua maioria são do autor do blog e destinam-se a ilustrar idéias e valores estéticos e artísticos. Para efeitos de direitos de autoria nas postagens são sempre mencionadas as fontes. Se alguém conhecer algum impedimento à divulgação de alguma imagem ou texto agradeço que contate comigo, por e-mail, a fim de que possa proceder à sua supressão. Todas as postagens constantes neste Blog são de domínio público e podem ser copiadas sob a autorização do seu Criador. Seja mais um Confrade tornando-se Seguidor desta Confraria.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

DESTAQUE ARTÍSTICO E CULTURAL


João Ivo Avelaneda de Souza, nascido em 11/03/40, na cidade do Rio Grande/RS é músico, engenheiro mecânico, professor e pesquisador.  Embora tenha uma vida de múltipla carreiras ele consegue ser  brilhante em tudo o que faz.  O Rio-grandino prende a atenção não apenas pela qualidade do seu trabalho como técnico e o seu virtuosismo como músico, mas pelas suas histórias de vida.  O seu currículo é impressionante.   Ele consegue ser um profissional aplicado em tudo, obtendo sucesso em todos os empreendimentos ao mesmo tempo.    A música não aconteceu na vida de João Ivo por acaso.   Aos 16 anos começou a estudar clarinete incentivado pela sua mãe, artista plástica e acordeonista.    Nesta mesma época tirou brevê para pilotar pequenos aviões.  Em 1963, ano em que se  formou Engenheiro Mecânico, tocava em duas bandas em Rio Grande, uma de grupo de baile, a Arpege e a Banda de Engenharia criada por ele.  No período que tocou no Arpege conheceu várias cidades do Estado e  paises como Argentina e Uruguai.   Foi nesta banda que, além do clarinete, começou a tocar o saxofone. Mais tarde radicou-se no Rio de Janeiro.    Como engenheiro recebeu convite para trabalhar em um projeto internacional que investigava a Lagoa Mirim.   Este projeto lhe propiciou a especialização na área de recursos hídricos e a oportunidade de conhecer vários países.   Em 1967, quando a pesquisa acabou, foi convidado pelas Nações Unidas para um trabalho semelhante em Israel.  Um novo mundo se abriu.   A música, no entanto, sempre esteve presente na vida de João Ivo.  Tendo sido ela o suporte para os momentos mais difíceis e o caminho para novas amizades e grandes alegrias.   Embora esteja aposentado da engenharia  não se desligou totalmente da profissão, trabalha como consultor em projetos, obtendo  agora  mais tempo para dedicar-se à música.   Entre os anos 80 e 90, com seu trabalho dedicado à pesquisa, marcou seu nome na história tecnológica do País.  Entre seus feitos estão à fabricação de aparelhos para estudos oceânicos e a fabricação de um aparelho que mede com precisão de um milímetro os tanques de petróleo.  De 1994 a 1998, cansado de fabricar tecnologia, formou  uma orquestra a “Teclas e Palhetas”.   Era uma banda com 18 músicos que se revezavam na animação de bailes com  um repertório de jazz, música internacional e MPB.  Participavam nos shows, além dos músicos, o bailarino Carlinhos de Jesus e sua mulher.   No final de 1998 passou a fazer dueto com o tecladista carioca Alexandre Neves.   Nas suas vindas ao Rio Grande do Sul formou um trio  com Dionara Sheneider (piano) e Rochinha (trompete).  Em uma de suas estada na sua terra natal apresentou-se no Cassino com a banda Rio Bossa Jazz  formada por João Ivo Souza (saxofones), Luís Fernando Rocha (trompete e flugüelhorn), Dionara Schneider (teclados), Fabiano Rodrigues (harmônicas) e João Camargo Júnior (percussão).   A banda apresentava a fusão do balanço da bossa nova e dos ritmos brasileiros com o toque do jazz.     Interpretando um repertório composto pelos grandes estandartes do jazz como Days of wine and roses (Henry Mancini), Autumn leaves, Fly me to the moon, e clássicos da bossa nova como Amazonas (João Donato), Samba de verão, Triste e Garota de Ipanema (Tom Jobim) entre outras, além de canções contemporâneas como Final feliz e Que nem maré (Jorge Vercilo) e Em ritmo de viagem, composição do Rio-grandino Ari Piazarollo.    João Ivo tocou com renomados músicos como o clarinetista Paquito de Rivera, os pianistas Michel Camilo e Rique Pantoja, o multiistruentista Hermeto Paschoal e  teve um breve, mas marcante encontro em 1982, na cidade de Roma-Itália,  com um dos maiores expoentes do cool jazz, o cultuado trompetista norte-americano Chet Baker. 

Um comentário:

Jussara Rocha Souza disse...

Caro Amigo, seu blog me encanta, através dele tenho a oportunidade de saber de fatos e pessoas de nossa terra que desconhecia.
Você ajuda a construir a nossa história.
Parabéns.