A PRIMEIRA ESTRADA CONSTRUÍDA PELO DAER LIGOU RIO GRANDE A PELOTAS
O Rio Grande do Sul em 1937 não contava com rodovias que ligassem entre si as cidades que permitissem o deslocamento de pessoas e cargas de uma região para outra. Até que em 1937 foi criado o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagens – DAER. No ano seguinte começaram os trabalhos da Autarquia, sendo que a primeira tarefa foi treinar técnicos e operários para a construção de rodovias. Em novembro de 1939, em um resumo das atividades da Inspetoria dos Serviços Mecanizados, verifica-se que foi criada uma estrada experimental para aperfeiçoamento de operadores destinados a trabalhar com os primeiros equipamentos mecânicos adquiridos pela Autarquia. A primeira estrada pavimentada e com características técnicas construída pelo DAER foi entre Rio Grande e Pelotas conforme consta registrado no Boletim n° 6 de janeiro de 1940 da 7ª Residência do DAER. Consta neste registro textualmente: "Estrada Pelotas - Rio Grande. Construção nova. A nova estrada mede 52km e tem condições técnicas excepcionais (raio mínimo 500m) o que permitirá a ligação de Pelotas a Rio Grande ou à Praia do Cassino em menos de uma hora". Portanto a Estrada Rio Grande-Pelotas, atual BR 392, foi a primeira estrada pavimentada pelo DAER, sendo que a pavimentação em concreto de cimento portland foi um marco da história rodoviária do Estado do Rio Grande do Sul.A PRIMEIRA ESTRADA ASFALTADA DO ESTADO FOI A RS 734 - LIGANDO RIO GRANDE AO CASSINO
Com o desenvolvimento do automóvel, o interventor Dr. Alfredo Soares do Nascimento, demonstrando ser um homem de larga visão, passou a cogitar uma rodovia ligando a cidade do Rio Grande ao Cassino. Determinou que a Diretoria de Obras do Município, através da Ordem de Serviço nº 140 de 25 de maio de 1919, realizasse estudo a respeito. O Relatório foi apresentado em 1º de dezembro daquele ano, pelo Engenheiro João Fagundes de Mello, diretor da repartição, com a participação de Cássio Burlamaqui, assessor da diretoria e os desenhistas Herculano Fernandes Perereira e Léo Dumont. O objetivo da estrada era “permitir comunicação rápida, cômoda e intensa entre a cidade do Rio Grande e a Vila Siqueira, ligando entre si economicamente, o que o Estado do Rio Grande do Sul possui no gênero de melhor: o porto do Rio Grande, o grande “hall” deste Estado, com a Vila Siqueira, a sua praia balnear mais progressista e freqüentada pela elite de todo o Estado e por inúmeros turistas de toda a parte do mundo”. A necessidade da rodovia, orçada e 877 contos de réis, era defendida porque a estrada de ferro já havia contribuído com o que pudera. Para buscar os recursos, as fontes apontadas foram os governos federal, estadual e municipal, assim como as contribuições de todos os proprietários do Cassino e das localidades ao longo do percurso, até mesmo da Avenida Rheingantz. Poucos anos depois criava-se a Sociedade Rio Grandense de Estradas de Rodagem, composta de pessoas que possuíam automóveis, de proprietários no Cassino, comerciantes e industrialistas, passando a atuar na gestão do Intendente João Fernandes Moreira. Mais alguns anos e a estrada aberta na década de 20 seria a primeira a receber pavimentação asfáltica no Rio Grande do Sul, graças a convênio firmado entre a Prefeitura (Intendente Roque Aíta Junior) e o Estado, sob a intervenção federal do General Oswaldo Cordeiro Faria. No início da década de 40, com asfalto vindo do México, o DAER e a Prefeitura o aplicaram desde o Parque até a Avenida Rio Grande.Fontes: Revista 50 Anos do DAER – Setembro de 1987 e Jornal Agora de 12/13 de dezembro de 1998.
2 comentários:
Acrescentando que quem agenciou a importação do cimento foi a Agência Marítima Wilson Sons.
Acho que houve um engano ao mencionar a localização do Teatro Polytheama na rua Andrade Neves ... não seria rua Andradas ... onde hoje é a parte mais nova do Colégio Joana DÁrc. Espero ter contribuido para o Blog.Atenciosamente
Angelo Caldas . e_mail:cdangelcal@gmail.com
Postar um comentário