CONFRARIA DOS RIO-GRANDINOS

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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

ILUSTRE RIO-GRANDINO

Rodolfo Lima Martensen nasceu em Rio Grande/RS em 13/05/15 e faleceu em São Paulo/SP em 28/10/92. Foi um radialista e publicitário brasileiro, de destacada importância para o desenvolvimento da publicidade do país. Foi fundador e diretor da Escola de Propaganda do Museu de Arte de São Paulo (atual Escola Superior de Propagada e Markenting), a primeira instituição voltada à formação de profissionais no campo da propaganda e da divulgação de produtos no Brasil. Nos últimos anos, a ESPM firmou-se como centro de excelência no ensino de administração, marketing e comunicação. É reconhecida como sendo a melhor escola brasileira de marketing e propaganda.   Martenson é pioneiro na história do rádio no Brasil na radiodifusão não-oficial quando em 1931, com 16 anos de idade, montou sua própria emissora de rádio na  sua terra natal.   Em agosto deste ano Martensen transmite o primeiro programa de rádio da cidade do Rio Grande e repete a dose no fim de semana. No dia seguinte da segunda transmissão, o pai da radioamante(EAX-4) é procurado pelo chefe da Estação Telegráfica da Junção, o Dentel da época e do lugar, que leva o seu apoio à iniciativa e se dispõe a oficializá-la. A emissora não-autorizada é levada adiante por Raul Werneck, que funda a Rádio Sociedade do Rio Grande do Sul, dando a Martensen o cargo de diretor de emissão. A genialidade de Martensen se revelou precocemente, porque ainda nesta época, fez também uma experiência com cinema falado, quando ainda não havia tal invento na sua cidade. No final do ano de 1931, é acometido de uma tuberculose. Muda-se para São José dos Campos, no interior paulista, em busca de tratamento. Permanece nessa cidade até 1933, quando se muda para São Paulo. Na capital paulista, trabalha como locutor na recém-inaugurada Rádio São Paulo, de propriedade de Paulo Machado de Carvalho, atuando ainda na redação e produção dos programas. Em 1935, coordena o programa de lançamento de uma marca de sabonete para a Irmãos Lever do Brasil, levado ao ar pela Rádio Difusora de São Paulo. Funda a "Companhia Royal de Rádio Produções", agência independente dedicada à criação de programas radiofônicos. Em 1937, é convidado a integrar a equipe responsável pela reabertura da unidade da Lintas no Brasil (uma empresa do grupo Unilever). Na época em que dirigiu a Lintas, o publicitário gaúcho compôs vários jingles e idealizou programas que conquistaram os ouvintes. Um de seus maiores sucessos foi a campanha de lançamento do sabonete Lifebuoy, em 1942. A principal característica do produto era a fórmula desodorante, que poderia parecer desnecessária num país como o Brasil, onde se toma tanto banho. Martensen criou então jingles e anúncios veiculados em revistas que alertavam para os inconvenientes do “cheiro de corpo” – ou “cê-cê”, expressão criada pela propaganda da Irmãos Lever, que mais tarde entraria no vocabulário brasileiro e no dicionário Aurélio. Na década de 1940, Lima Martensen ministra um curso promovido pela Associação Paulista de Propaganda (atual Associação dos Profissionais de Propaganda, APP), assume a direção da Lintas e idealiza o programa Levertimentos, transmitido simultaneamente pela Rádio Nacional e pela Mayrink Veiga. Representa o Brasil no I Congresso Internacional de Propaganda, ocorrido em Paris em 1947. Envolve-se no lançamento da marca Rinso, o primeiro sabão em pó comercializado no país. No começo da década de 1950, Lima Martensen é convidado por Pietro Maria Bardi para apresentar um projeto para um curso de propaganda, a ser ministrado no Instituto de Arte Contemporânea do Museu de Arte de São Paulo, no edifício dos Diários Associados, na Rua Sete de Abril. Viaja várias vezes ao exterior, em busca de subsídios técnicos e teóricos para montar o currículo do curso, aprovado pelo MASP em outubro de 1951, com o apoio de Assis Chateaubriand. Surge então a "Escola de Propaganda do Museu de Arte de São Paulo", da qual se torna diretor-presidente. Nos anos seguintes, em função da forte demanda gerada pela intensificação do processo de industrialização no Brasil, a Escola de Propaganda assistiria a um vertiginoso crescimento. Em 1955, o MASP já não comportava mais suas atividades e Pietro Maria Bardi pediu a Lima Martensen para que encontrasse outro espaço para a escola. A instituição é então reaberta em outro edifício, como iniciativa autônoma, sob a denominação Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Ainda em 1955, Martensen ganha o Prêmio Publicitário Modelo da APP. Em 1956, Lima Martensen convida José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, para chefiar o Departamento de Rádio e Televisão da ESPM. Cria, ao lado de Luiz Homero de Almeida, a campanha para o sabão Omo, primeiro detergente sintético em pó do Brasil. Em 1957, preside a Comissão Técnica de Propaganda, durante o I Congresso Brasileiro de Propaganda, sediado no Rio de Janeiro. Após o advento do Golpe Militar de 1964 e a criação do Conselho Nacional de Propaganda, Lima Martensen executa peças publicitárias para o governo, voltadas ao combate da inflação e à adoção de menores abandonados, entre outras. Assume a direção do órgão em 1966, permanecendo no cargo até 1968. Em 1970, foi escolhido "Publicitário do Ano" pela revista Propaganda. Afastou-se da direção da ESPM em 1971, aposentando-se quatro anos depois, passando a dedicar-se à consultoria em marketing. Rodolfo é autor dos livros “Danuta”, “O Desafio de Quatro Santos” e coordenador e co-autor de “História da Propaganda no Brasil”.
Fontes: http://pt.wikipedia.org/; http://www.wifilivre.com.br/; http://www.unilever.com.br/ http://www.midiaindependente.org

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