Antônio de Sousa Neto nasceu na cidade do Rio Grande/RS no dia 25 de maio de 1803. Foi um político e militar brasileiro, um dos mais importantes nomes do Rio Grande do Sul. Descrito como alto e bem apessoado, na vida civil era grande latifundiário, comerciante de gado e criador de cavalos. Nas batalhas, era um valente, que avançava à frente da tropa. Uma das figuras míticas e legendárias da história gaúcha. Participou da reunião que decidiu pelo início da Revolução Farroupilha em 18 de setembro de 1835, na "Loja Maçônica Filantropia e Liberdade". É reconhecido por seu árduo trabalho neste confronto que durou quase dez anos (de 1835 a 1845), como o segundo maior líder revolucionário. Era o general da primeira brigada do exército liberal republicano. Após a Batalha de Seival, proclamou a República Rio-grandense, no Campo dos Menezes a 11 de setembro de 1836, fundando a República de Piratini. Aos seus comandados, o General Netto costumava encorajar: "Não consintais ao inimigo uma vitória que não seja afogada em sangue e lágrimas". Lutou em diversas batalhas pelos republicanos, tendo comandado o cerco a Porto Alegre, durante vários meses, e a retomada de Rio Pardo, que estava nas mãos dos imperiais. Em 7 de janeiro de 1837, travou o combate do Candiota, em que foi derrotado por Bento Manuel, mas já no dia 12 de janeiro, em Triunfo, vencia as tropas do coronel Gabriel Gomes, que morreu em combate. Em abril de 1837 comandou a conquista de Caçapava, recebendo a adesão dos novecentos homens da guarnição imperial ali estacionada, apoderando-se de quinze peças de artilharia, quatro mil armas de infantaria e farta munição de boca e de guerra. Esses recursos possibilitaram a subseqüente conquista de Rio Pardo, a 30 do mesmo mês, levando a que o comandante militar da Província, marechal Barreto, respondesse a um Conselho de Guerra. Em Rio Pardo, em 30 de abril de 1838, junto à Davi Canabarro, Bento Manuel e João Antonio da Silveira, derrotou os legalistas, comandados por Sebastião Barreto Pereira Pinto e os brigadeiros Francisco Xavier da Cunha e Bonifácio Calderón. Com a derrota dos farroupilhas, Netto não concordou com o acordo de paz aceito pelos seus camaradas; acreditava que o certo e decente era continuar a lutar e defender a República Rio-Grandense e os ideais de liberdade até o fim. Perdendo quase todas as suas propriedades pela causa no Rio Grande, foi viver no Uruguai em seu auto-exílio. Levou consigo mais de 200 negros, ex-escravos, cumprindo, em parte, sua promessa de liberdade aos que lutaram pela República. Viveu por quase 20 anos em conflitos no Rio Grande, Uruguai e Argentina, participando de quase todas as guerras neste período (1845/1866), inclusive participando ativamente da política e da possibilidade da retomada da retomada da República Rio-Grandense. Não participou da Guerra contra Rosas, somente voltou ao combate na Guerra contra Aguirre e depois, juntamente com seu exército pessoal, na Guerra do Paraguai. No comando em brigada ligeira fez a vanguarda de Osório na invasão do Paraguai, no Passo da Pátria, em 16 de abril de 1866. Na batalha de Tuiuti, foi importante na defesa do flanco da tropa brasileira, mas foi ferido a bala e mandado para um hospital em Corrientes, Argentina, onde morreu e foi inicialmente sepultado. Em 1966, no centenário de sua morte, seu corpo foi exumado e transferido para um mausoléu em Bagé.
Fontes: http://www.patria-sulista.org/ e http://pt.wikipedia.org/
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